Será mesmo que as "Coroas mudam as cabeças por baixo delas"?
A frase não é minha mas sim de George R R Martin, através do Anão Tyrion Lanister, na sua saga fantástica feita de Fogo e Gelo, mas parece que se adapta ao Mundo actual demasiado literalmente.
Ele foi Secretários de Estado e dirigentes que foram assistir aos jogos de Portugal no Mundial sem pagarem um só tostão dos seus bolsos e acharam isso bem.
Ele foi dirigentes que foram em viagem até ao outro lado do Mundo sem pagarem um tostão e acharam isso bem.
Ele foi dirigente de IPSS que, além do vencimento, acumulou PPR's, viatura de luxo, roupas de luxo, comida de luxo, emprego com alcavalas financeiras para familiares e achou isso bem.
Ele é Ministro que pediu bilhetes para ir assistir ao jogo do Benfica e achou isso bem.
E depois...
A Galp a ter perdão fiscal.
A Huawei a assinar contrato para fornecer tecnologia à Administração Pública.
A Raríssimas, instituição que tem o seu valor a nível do trabalho que faz, a ser arrastada na "lama" com pais e tutores preocupados com o futuro.
A empresa dos filhos do Presidente do Benfica a ficar isenta do pagamento do IMI.
Existe um velho ditado português que diz:
"Á mulher de César não basta ser séria é preciso parecê-lo"
Às vezes o que penso é que o problema nem sequer é a existência de uma "Coroa", embora esta existência potencie a sensação de poder absoluto, conjecturo antes que a "mulher de César" talvez nunca tenha sido séria, antes andou uma vida a tentar parecê-lo, e agora, que o "público" é muito a encenação está a ser dificil de manter e a máscara vai caindo.